quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Crítica: Seriado Sex Education

      Eu tinha certeza que eu já tinha falado sobre essa série aqui no Blog, mas pesquisando os posts anteriores não localizei nada a respeito. Acabei de assistir ao último episódio da Terceira Temporada e vou falar sobre meu ponto de vista da série desde o começo. Vou tentar passar o mínimo de spoiler possível, mas não garanto que eu consiga segurar a língua (o dedo). 

     Se essa série tivesse existido quando eu tinha 15, 16 anos minha vida seria menos estressante e traumática em alguns aspectos. Essa série deveria ser obrigatória para todos que assim como eu o SEXO era tabu em casa (pra vcs terem ideia nunca falei absolutamente nada de sexo com minha mãe, meu pai, irmão e família). 

          A série está catalogada na Netflix e está na terceira temporada. Sem mais delongas, vamos a opinião.

          O enredo se trata de um garoto de 16 anos chamado Otis, filho único e nerd (gostoso pra caralho) que é filho de uma famosa sexóloga da cidade. Ele estuda em um colégio chique e está no Ensino Médio. Monte de adolescente junto nesse colégio, hormônios a flor da pele. Nesse colégio estuda a Maeve que é uma mina toda rebelde, fuma, tá nem ai pra nada e tem uma vida muito fudida fora do colégio: sua mãe é viciada em drogas, ela mora meio que numa favela; inclusive ela tem uma aparência toda rebelde. Ela e Otis se apaixonam mas são extremamente opostos, ela namora um negro gostoso e o Otis é um virgem desengonçado. Não lembro como ocorre a primeira "consulta" mas sei que Otis e Maeve acabam se juntando pra dar conselhos sexuais úteis para os alunos do colégio: Maeve é que capta os alunos e Ottis (por conviver a vida toda com a mãe sexóloga) acaba dando os conselhos que são bem úteis e melhorando a vida dos colegas da escola. Maeve faz isso pela grana pois ela não tem dinheiro pra nada e Ottis pra ficar próximo da garota que ama. As dúvidas dos alunos são muito boas e em algum momento da nossa vida já cruzamos com alguma delas: tamanho da rola, demora pra ejacular, rapidez pra gozar, tamanho do peito, formato do pau ou da buceta, problemas com autoimagem e por ai vai...

          Erick é um negro gay afeminado e o melhor amigo de Ottis, é muito bonita a amizade deles pois não tem nenhum pouco de interesse sexual. Erick é empoderado e não deixa ninguém o diminuir por ser gay e Ottis o trata como irmão o que é raro de se ver na vida real e na televisão, um hétero e um gay tão próximos. (Lembrei até de um "amigo" hétero que eu tive no passado chamado Douglas, eu o amava sem segunda intenções - mesmo ele sendo lindo - mas quando contei que eu era gay e estava namorando aos poucos ele se afastou de mim e nossa amizade acabou. Nem sei como ele está hoje, sei que eu dei muita força e incentivo pra ele entrar na PM, ele entrou, se tornou oficial. Sinto saudades das nossas, conversas. Espero que ele esteja bem. Qualquer dia faço um post a respeito). 

          Adam é um dos meus personagens preferidos. Na primeira temporada ele namora uma mina e não consegue gozar com ela. Ele tem uma piroca avantajada e isso mais o atrapalha que ajuda (inclusive na primeira temporada aparece a foto da rola dele - acho que era dublê). No decorrer da temporada ele vai se descobrindo gay e acaba se envolvendo com Erick. Ele é filho do diretor bravão do colégio. É calado, briguento e mal humorado. Um dos personagens que mais amadurece no decorrer da história. 

         Aimme é namorada de Adam no começo da série e no decorrer acaba se tornando a melhor amiga da Maeve. É uma mina rica mas muito humilde e acaba sofrendo abuso no ônibus ao ir ao colégio, ela finge pra ela mesmo estar tudo bem mas não está e por guardar isso pra ela esse acontecimento acaba se tornando uma bola de neve. No decorrer do seriado ela acaba resolvendo esse fato que a afetou sua auto estima. 


          Falei só um pouco de alguns personagens mas quem tiver oportunidade assista, é uma série que parece meio boba e adolescente que só fala de sexo, mas o sexo mesmo é a ponta do iceberg, a série é muito mais profunda, afetiva e tocante do que educação sexual ... entra em temas delicados como aborto, auto aceitação, liberdade, viver no armário, sair do armário, traição, lealdade, amor. Super recomendo, em especial para pessoas como eu que aprendeu o que é sexo na prática e não na teoria. 













sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Vazio

      Salveee, como vcs tão? Uns cinco meses que não posto por aqui, desculpem!!! motivos são preguiça de sentar e escrever + falta de tempo.


     A pandemia graças a Deus parece que está dando uma aliviada né? Pior fase acho que passou. Mais de meio milhões de mortes só no Brasil, parece até os dois últimos filmes dos Vingadores que Thanos cruza os dedos e acaba com uma considerável parte da população do planeta e os que ficaram tem que se adaptar (oi Darwin).


     No meio dessa pandemia voltei para a faculdade de Direito, já comecei duas vezes e parei por achar 5 anos muito tempo. Mas os 5 anos vão passar eu fazendo a faculdade ou não. E gosto muito de ler e de ver ações judiciais de vários assuntos. Pretendo dessa vez chegar ao final.


     Estou com 38 anos e amo uma crisesinha existencial. Passei pela dos 20... pela dos 30 e agora está chegando a dos 40 haha. Alguns questionamentos que eu tenho evitado pensar a respeito pra não pirar: 4 décadas vividas e financeiramente falando consegui o que queria: uma  casa, um carro e ter uma certa estabilidade pra poder comer bem e ajudar minha família (mãe, irmão, sobrinhos)... tá, mas e dai? sou grato a Deus e a mim por ter conseguido conquistar sozinho, mas e ai? Qual a motivação de continuar? Qual a motivação de trabalhar o dia inteiro e voltar pra casa e não ter uma esposa/marido ou um filho/filha me esperando? Não tem jeito, isso sempre esteve no meu coração: família.  Acabo suprindo essa carência nos meus sobrinhos, todo fim de semana vou até a casa deles. Mas sinto uma angustia forte chegar em casa todo dia e não ter uma família. Sinto uma tristeza de não colocar uma família nos meus planos e metas. Ai vc q me acompanha mais tempo me pergunta: e seu  namorado? os planos dele são totalmente diferentes dos meus. Ai vc pergunta de novo: pq vc não se separa? Por 2 motivos: 1° porque gosto muito dele 2° por covardia e comodismo de conhecer uma nova pessoa, de pegar confiança de novo, de ter intimidade... Ok, a culpa de eu estar vivendo isso é 100% minha, não terceirizo essa culpa.


     Ando sentindo carência de fazer sexo com mulher, faz anos que não transo com uma. Zero vontade de transar com homens (Isso porque faz alguns meses que não transo com ninguém - meu namorado tá viajando e to sem vontade de foder alguém pela cam pra ele ver - relacionamento aberto lembra?), já fudi tanto cu de macho e mamei tanta piroca que meio que ando zero vontade, banalizei o sexo com homem.


     Não sei se a solidão é o destino dos gays que não curtem baladas e se enjoaram de sauna e do fervô sexual, mas esses dias me peguei pesquisando no google como tirar a vida dormindo e sem dor. Ah, não que eu queira me matar no momento viu, seria muito traumático pra minha mãe e pras pessoas que eu amo prosseguirem sem mim no momento, mas eu não me vejo um idoso com comorbidade. Se até lá eu não for embora da festa antes, chegando na Terceira Idade provavelmente eu sairei da festa quando eu quiser e não quando a anfitrião quiser (amo a metáfora da morte com festa, feita pelo Pedro Bial). Tem um livro top que eu li há muito tempo chamado Aos Meus Amigos (que virou a minissérie Queridos Amigos na Globo) que mostra o personagem principal, Léo, todo fudido ao descobrir que estava com esclerose e a doença avançava cada vez mais... ele decidiu fazer da morte dele uma obra de arte - depois escrevo um post sobre o livro e a série, mas recomendo a leitura). Ah, eu to bem de verdade viu, ainda bem que aqui não é Instagram pro povo não vir encher meu saco dizendo que eu quero biscoito. Apenas escrevi isso porque encaro esse assunto de maneira natural e também porque o Blog está restrito para pessoas com mais de 18 anos. Espero que você que está lendo também esteja bem, qualquer hora volto por aqui pra gente ter dois dedos de proza, se cuidem.