Como identificar GAYS ESCROTOS

     Eu já fui um gay escroto e eu não percebia ou fingia que não era. O que é um gay escroto? Vamos a características:

- "EU SOU DISCRETO"

Geralmente quem fala isso não é discreto. Pensa que é discreto, pensa que ninguém sabe. Mas todos sabem sim. Só você acha que ninguém sabe que você é homossexual, bonitão.  

- "EU SOU FORA DO MEIO GAY"

kkkkkkkkkkkkkkkkk   brother, tenho algo a te dizer: sites gays, salas de bate papo gay, aplicativos gays, vídeos pornos gays, banheirões gays, seu pega fixo gay é um "meio gay". Eu amava falar isso pros caras que tinha acabado de conhecer, que eu era fora do meio. Mas fudia meio mundo de gente em banheirões e no submundo gay. Uma coisa que eu não curto até hoje é balada, nunca curti balada de nenhum tipo hétero, homo ou qualquer que seja, porque se eu curtisse bateria o ponto todo fim de semana na "A Lôca", Bailão, Blue Space, Bubu, Cantho, Yacht, Flamingo, D-Edge, Desmache, Hot hot, Lions, Queen, The L Club, The Week, Tunnel, Ursound... Dessas que citei fui apenas na Tunnel a convite do meu amigo Marcos, fui para acompanhá-lo na festa de aniversário de um amigo dele. Honestamente não curti pois não curto som alto, lugar muito cheio, cheiro de cigarro... Mas sim, eu FAÇO PARTE DO MEIO GAY: eu tenho um Blog gay há anos, eu namoro um homem lindo que eu amo muito, eu sempre estou de olho em vídeos gays no youtube sobre diversos assuntos... 

- "NÃO SOU GAY, POIS SOU ATIVO"

Preciso nem falar nada né? Ativos, passivos, másculos, afeminados tão tudo no mesmo balaio de sexualidade. Você pode preferir comer cu invés de dar o cu, mas você é tão homossexual quanto o cara que o vai na sauna e dá o cu para mais de 20 homens na mesma noite. Você pode não ser promíscuo como ele é (e como eu fui um dia) mas você é tão homossexual quanto ele e eu.

- "NÃO GOSTO DE AFEMINADOS"

Você não sentir atração sexual por afeminados é uma coisa, não gostar é outra, e não respeitar é outra mais grave ainda. Eu cansei de ver homens com ar de superioridade (talvez nem eles percebam) abrindo a boca pra dizer que não curtiam afeminados (direito deles) e que eles não eram afeminados (quando na verdade eles eram afeminados pra caralho, dava pra perceber na voz, no trejeitos)... o bizarro é a pessoa pensar que não é, mas é, e dizer que não gosta de afeminados. Repito: não sentir atração é uma coisa, se sentir superior ou achar que afeminados são inferiores é outra totalmente diferente. Meu namorado não é afeminado, pelo contrário, é um ogro (e eu também amo ogros haha). Mas se fosse afeminado não teria problema nenhum, se fosse afeminado e fora do armário eu ia sair com ele de mãos dadas pra cima e pra baixo. Quando eu tava na ativa da promiscuidade nunca me faltou gente pra sair, a maioria dos caras eram afeminados e eu curtia muito, não só curtia no sexo como curtia pra conversar, pra dar risada, eram carinhosos.

- "EU NÃO SOU GAY"

Respeito sua não aceitação, lembra muito de mim. Quando comecei a fuder homens eu só comia, não beijava na boca e nem chupava rola. Isso na minha cabeça fazia eu achar que não era gay. Depois comecei a comer e a beijar e isso me deixava com mais tesão ainda, mesmo assim eu ainda não considerava gay. Próximo passo foi chupar piroca e foi uma das coisas que mais curti (as vezes mais do que comer), mesmo assim eu não considera gay, pois eu era ativo e nunca tinha dado o cu. Um certo dia tive um lance mais que sexo com um kra chamado Fábio, depois de comê-lo por semanas ele pediu pra me comer, eu tava semi apaixonado por ele, ele foi muito carinhoso, muito paciente, chupou meu cu, passou o dedo, caprichou o gel lubrificante, enfiou só a cabeça do pau grande dele, deixou que eu conduzisse, me comeu gostoso, inclusive foi o único cara que me comeu e eu gozei sem encostar as mãos no meu pau - praticamente atingi o nirvana kkk. Você acredita que eu não me considerava gay ainda? Eu era o bonitão cara de pau fora do meio gay, não afeminado... Demorou pra eu dizera pra mim mesmo: EU SOU GAY. EU SOU FODA POR SER GAY. (puts, falando nisso preciso fazer um post sobre como isso fez eu ser mais atento com as pessoas, tava conversando com um pastor amigo meu outro dia sobre isso).

Em Tempo: Havia feito críticas pesadas a Carlinhos Maia, fui deselegante com ele. Mesmo não concordando com 90% do jeito dele, não acho bacana sair por ai agredindo verbalmente (escrevendo aqui) as pessoas. É possível dar opinião sobre tudo sem ser agressivo. Minas desculpas aos que leram.

PS:  estou alterando isso dia 24/11/19. Acho que a primeira vez que altero algo nesse Blog. Vamos em frente.  

Curiosidades que só quem tem Pênis Pau com pele Prepúcio sabe

Tem coisas que só quem tem rola com pele sabe ou convive... vamos a elas...

1- O nome da pele que cobre a cabeça (glande) se chama prepúcio.  Geralmente se consegue colocar a pele para trás e expor toda a cabeça do pau. Quem não consegue fazer isso tem fimose (eu particularmente não acho bonito pênis com fimose - já conheci kras dotados com fimose e eu particularmente nunca chupei e não tenho tesão. Prefiro os que conseguem puxar a pele pra trás ou os totalmente sem pele - que é o caso do meu namorado).

2 - Os pênis com pele geralmente possuem mais sensibilidade do que os que não têm pele. Percebo muito isso com meu namorado. Eu piro com sexo oral, sentir o vai e vem do pau na hora do sexo sem camisinha, só em esfregar a mão já sinto a sensibilidade. João não tem pele e o pau dele não é tão sensível. Tanto que ele (e quem tem pau sem pele) demora um pouco mais pra gozar.

3 - A higiene deve ser redobrada aos possuidores de pele. Como a pele cobre o pau, pra ficar resquícios de urina ou de sêmen é dois palito e isso pode dar uma dor de cabeça absurda como até câncer no pênis. Por isso a gente que tem pele após urinar, além de balançar a rola é interessante secar com papel e após gozar já lavar com água e sabão. 

4 - Não adianta só higienizar, é preciso secar. Após tomar banho em seguida é já pegar a toalha e deixar a pele e a glande seca.

5 - Quem tem pau com pele se não tomar cuidado na hora de urinar acaba mijando fora do vaso sanitário. Se não puxar totalmente a pele pra trás, ela pode cobrir a saída da uretra que é por onde sai a urina e você errar o alvo, mas errar muito mesmo. De vez em quando a gente puxa só um pouco pra trás, ai vem o susto do mijo indo pro lugar errado. Tem que ser rápido pra puxar a pele toda pra trás e ai sim apontar pra privada.

6 - Não me pergunte o por que mas quem tem pele geralmente a rola tem mais cheiro de rola do que os circuncidados (os sem pele). Eu particularmente curto muito cheiro de piroca. Não to falando mal odor, rola fedorenta. Estou falando de pênis com cheiro de piroca, que exala testosterona. Todos os pênis têm esse cheiro, mas quem tem pele geralmente tem o cheiro mais forte.

7 - Criadores de Esmegma (em grego significa "sebo"). Muitos conhecem também como "queijo ralado". E já conheci muita gente e muitas comunidades de pessoas que sentem tesão nisso. Eu particularmente não teria coragem de chupar alguém com esmegma. De vez em quando aparece no meu pau, principalmente quando gozo e não seco direito no dia seguinte já aparece. Lavo, seco e desaparece na hora. Essas células são exclusivas para os que tem pele.

8 - Em inglês quem curte rola com pele procura na internet por "UNCUT" que significa "sem corte". Há vários pessoas que têm esse fetiche. Quando eu não namorava de vez em quando escrevi Uncut nos meus nicks pra ser localizado por quem curtia. É uma forma de facilitar quem curte e quem tem.

Vou ver se lembro de mais detalhes que a gente tem que os circuncidados não tem e posto aqui. Se vocês tiverem pele e souberem de algo que eu escrevi escreve nos comentários. 

E-MAIL 04: tenho 16 anos e sai do armário

Se tem uma coisa que eu pago pau é pra essa nova geração de adolescentes. São inteligentes,destemidos, ousados. São fodas!!! Recebi esse e-mail e curti muito. Ele disse que não tem nada de muito especial, mero engano, foi um dos e-mails mais especiais que recebi. Espero que curtam o tanto que eu curti. Obrigado Marcos pelo carinho e parabéns pela coragem de mostrar para as pessoas quem você realmente é. Eu demorei 20 anos a mais do que você pra começar a fazer isso e tem sido libertador. Segue o e-mail:

(obs: não sei porque apareceu esse negócio branco em cima do texto, depois vou tentar tirar.... se alguém souber como tira me manda um e-mail me falando pfv). brigadoo

Nem sei se você vai ler esse e-mail algum dia. Mas se ler, tenho uma observação inicial: Meu e-mail não tem nada muito especial.

Bom dia/Boa tarde/Boa noite, Danilo. 

Eu adoro o seu blog. Recentemente, li todos os posts dele, desde o primeiro até o mais atual. Fiquei encantado com a sua história. Muitas vezes sentia suas dores, ao me identificar com alguns relatos seus. 

Eu me chamo Marcos Izidoro (como você já pode ver no endereço de e-mail). Sou gay, tenho 16 anos e estou saindo do armário aos poucos. Comecei com meus amigos mais próximos, todos me aceitaram bem. Agradeço muito uma amiga minha, ela me ajudou durante minha jornada de autoconhecimento e a fazer da aceitação. Porque no começo, eu neguei meus sentimentos. A verdade é que eu percebi que era gay com 14 anos, mas foquei tanto em reprimir isso que acabei "esquecendo" e só lembrei de novo quando mudei de escola e me apaixonei por um garoto (ele era hétero, não deu em nada). Na verdade, eu nunca tive nenhum relacionamento com alguém. Por ser extremamente tímido e ter me descoberto a pouco tempo, nem tive oportunidade. Todos garotos que gostei até então, eram héteros.

Quando eu contei aos meus pais que era gay (um amigo me encorajou a fazer isso, porque ele disse que não estava fazendo bem para mim manter o segredo. Ele estava certo), eles não reagiram muito bem. Foram pacíficos. Ficaram visivelmente descontentes, mas estão tentando me aceitar com o tempo. O fato deles serem religiosos e tradicionais dificulta. Mas pelo menos são católicos e segundo eles, a religião não tem nada contra gays. Eu e meus irmãos (tenho dois mais novos, um irmão e uma irmã) crescemos sendo criado para ser católicos como eles. Mas eu não consigo acreditar em religião. Sou agnóstico. Meu irmão é religioso. Contei para ele sobre mim a três dias. Foi um choque para ele, mas lê reagiu bem. Não agiu estranho comigo e disse que nada ia mudar. Nunca senti um alívio tão grande. O peso de esconder uma coisa tão importante sobre mim do meu próprio irmão, que sempre foi tão próximo, me doía muito.

Talvez esteja se perguntando qual foi o motivo de eu escrever esse e-mail. No fim, eu só disse que gosto o seu blog e contei resumidamente minha história de como sai do armário. Honestamente, nem eu sei porque decidi te escrever. Eu só achei que devia dizer o quanto admiro sua blog, como espero que continue escrevendo, e dividi minha história com você, para que saiba que não está sozinho. É verdade que eu sou mais novo e nasci numa época com menos preconceito, mas eu queria compartilhar um pouco minhas dores com você. (essa última frase não teve a intenção de chamá-lo de velho. Respeito você)

Para terminar esse e-mail, vou contar detalhes um pouco mais interessantes.

1- Eu percebi que era gay pela primeira vez quando vi um vídeo adulto. Na cena em que a mulher mostrou os seios e a vagina, eu me sento enojado. Quando o cara tirou a calça, eu fiquei encantado. 

"Merda... Eu sou gay." Foi o que eu pensei na hora. Mas reprimi e deu no que deu. O tempo que eu fiquei sofrendo sozinho foi terrível. Por isso sempre sou grato a minha amiga. (Não disse o nome dela porque não pedi permissão).

2-Como eu tive certeza que gostava de garotos sem ter experimentado ? Muitos amigos perguntaram isso. Mas a resposta é bem simples. Eu só senti vontade de experimentar com garotos, nunca garotas. Já acho suficiente para saber pelo que sinto ou não atração.  É tão fácil, nunca entendi porque eles achavam confuso.

No fim esse e-mail falou demais sobre mim. Peço perdão por ter me excedido. Deve ter perdido um tempo lendo isso para no fim, ser só um desabafo de um jovem aleatório. 

Vou terminar te parabenizando pela atitude de sair do armário. Exige muita coragem e determinação, para buscar uma vida mais feliz. Saiba que de algum lugar eu tô torcendo pela sua felicidade. E espero que um dia realize seu sonho de ser pai.

Tenha um ótimo dia ! Espero ter escrito algo que te fez sorrir. (É o lema do meu livro)

Não mencionei antes, mas estou escrevendo um livro de romance gay.

Sim, esse detalhe é irrelevante. Mas achei legal falar para você. Já que uma vez você disse que era bom as pessoas escreverem porque faz bem para a cabeça. Concordo 100%. Meu livro começou como uma forma de eu me expressar, apenas. Minha amiga (sim, ela de novo) que me deu a ideia de escrever a sério e publicar um dia. Agora tenho esse objetivo na vida. Além de fazer faculdade.

Pela última vez, vou me despedir e desejar felicidades a você.

Pode não ser muito. Mas saiba que eu estou torcendo pela sua felicidade. Do fundo do coração, espero que você seja muito feliz e que sua vida só prospere daqui para frente.

Gentilmente, Marcos.

E-MAIL 01: amor dentro da igreja

E-MAIL 02: mãe desconfia que filho seja gay

E-MAIL 03: desesperado por ser pedófilo

Minhas Amarras Gays

     Faz um ano e pouco que sai do armário em casa e aos poucos as pessoas que convivem comigo em outras áreas da minha vida também estão sabendo.


     Gosto muito de fotografias e tenho várias aqui em casa, desde quadros gigantes com fotos da minha família como quadros menores com fotos de passagens e pessoas importantes da minha vida. Esse mês coloquei na estante de casa uma foto linda minha com João na praia. Meu irmão veio em casa e não comentou nada. Minhas mãe também veio e também não comentou nada - não comentou comigo.

     Meu irmão mandou uma mensagem essa semana dizendo que minha mãe ficou muito triste com a foto e que ela vai conversar comigo, que ela nasceu em outra época e pra ela isso não é normal, que ela tem orado dia e noite por mim. Respirei fundo e agradeci ele ter me avisado.

     No dia seguinte fui até a casa da minha mãe pegá-la para irmos até a Vila Mariana numa loja de móveis planejados para minha cozinha. A ida até a loja durou 40 e poucos minutos e conversamos sobre tudo e ela não tocou o assunto, e também não tocou no assunto na volta.

     Não deve ter sido fácil pra ela, de outra geração, evangélica, tradicional, ter colocados expectativas héteros em mim, e aos 35 anos eu ter dito que sinto atração por homens. Mas não posso mais me esconder, não posso mais viver no ocultismo, não posso mais namorar mulher pra satisfazer ela ou quem quer que seja.

     Minha família é muito grande e tem alguns casos de pessoas que deixaram de ser feliz para agradar ou ficar bem na fita com a minha família. Não quero fazer parte dessa turma.

     Minha mãe não conhece o João ainda como meu namorado, ela o conhecia como amigo nas vezes que ela ia na casa dela comigo ou quando viajamos juntos para o Nordeste. Mas tava tão na cara que eu era apaixonado por ele, não sei como ela e todo mundo não percebeu.

     Tirando minha mãe e meu irmão, outro aspecto que faz eu não me expor tanto é o João. Ele vive no armário e por isso jamais iria expô-lo a nada. Mas gostaria muito de poder andar com ele de mãos dadas igual qualquer casal normal que curte a presença do outro, ou levá-lo em algum evento social (festa de família, empresa, amigos) e apresentá-lo como meu namorado, levá-lo até a casa da minha mãe e passar o dia lá. Enfim, que as coisas fosse normais. E não são. A sociedade hipócrita ainda não aceita. Eu comecei a cagar pra sociedade.

   

Em que momento ser Gay passou a ser errado - história da homossexualidade

     Nos tempos de Alexandre - o Grande e do imperador César até a bosta da Idade Média não existia nome para a Homossexualidade porque ninguém achava nada demais!!! Naquela época não havia necessidade de distinguir o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, o conceito de homossexualidade simplesmente não existia. 

     Um dos Códigos de Leis mais antigos do mundo  (Hammurabi - da antiga Mesopotâmia - 1.750 antes de Cristo) contém alguns privilégios que deveriam ser dados aos prostitutos que participavam dos cultos religiosos. Os putos tinham relações com homens devotos dentro dos templos da Mesopotâmia, Egito, Índia e outros lugares. Descendente do Código Hammurabi, as leis hititas chegaram a reconhecer união entre pessoas do mesmo sexo (isso foi há mais de 3 mil anos, tudo normal!!!)

     Na Grécia e Roma antiga era comum homens mais velhos terem relações sexuais com homens mais jovens. O famoso Sócrates era adepto do amor homossexual e dizia que o amor entre iguais era uma forma de "inspiração" e o sexo heterossexual servia apenas pra procriar (concordo Sócrão).

     Em Atenas era comum os jovens ter laços de amizade e amor com homens mais velhos com o intuito de absorver seus conhecimentos de filosofia. Depois dos 12 anos (desde que o garoto concordasse) transformava-se em um parceiro passivo até os 18 anos. Geralmente aos 25 anos esperava-se que assumisse o papel de ativo. 

     Entre os romanos, os ideais amorosos eram semelhantes aos dos gregos, mas com uma hierarquia mais forte. A relação entre um homem adulto e um rapaz mais jovem era encarado como um sentimento puro. Os adultos passivos eram encarados com desprezo pela sociedade, ao ponto de nem poder exercer cargo público. 

     Os judeus já pregavam que sexo tinha um único objetivo: "crescei e multiplicai-vos". Até início do séc. 4 essa ideia ficou restrita a turma dos circuncidados (turma essa que eu acho linda) e alguns poucos cristãos. Nesse período o imperador Constantino converteu-se a fé cristã (não porque ele acreditava, mas porque ele precisava controlar a quantidade de cristãos que estavam começando a dar problemas. Religião = Controle). Mais que isso, Constantino obrigou que todos se tornassem cristãos e sexo passou apenas para gerar filhos.         

     O primeiro texto de lei proibindo a homossexualidade foi em 533, pelo imperador cristão Justiniano, tendo como pena de morte a prática gay. 

     Entre 538 e 544 as leis obrigavam gays a se arrependerem dos pecados e pagar penitência. 

     No século 7 nasce e se expande o Islamismo que junto com o cristianismo reforçou que sexo tinha que ser exclusivamente pra procriação.

     Durante muito tempo a religião condenava os prazeres da carne. Lá pelo século 14 a igreja católica entrou em crise com a Reforma de Lutero e o Humanismo Renascentista. Pintores, escritores, dramaturgos e poetas celebravam o amor entre homens e o gosto dos antigos pela forma masculina voltaram à tona. 

     Nessa época ainda entre a nobreza que costumava ditar moda, a homossexualidade sempre rolou solta (nada mudou com os dias atuais, que bom!!!). E o mais bacana: sem censura alguma, ficaram notórios os casos gays monarcas como o caso do rei inglês Ricardo Coração de Leão - um relato daquela época dizia que Ricardo teve como amante o rei Filipe 2° da França "comiam os dois todos os dias à mesma mesa e do mesmo prato, e à noite as suas camas não os separavam".

     No curto intervalo entre 1347 e 1351, a peste negra assolou a Europa e matou 25 milhões de pessoas. Como ninguém sabia a causa da doença, a especulação ultrapassava os limites da saúde pública e alcançava os costumes. O "pecado" em que viviam os homens passou a ser apontado como causa. Judeus, hereges e sodomitas tornaram-se a causa dos males da sociedade. Não havia outra solução a não ser a erradicação dessa turma. Medias pesadas foram tomadas.

     Lá em Florença, na Itália, a pratica gay foi proibida em 1432, com a crianção dos "Agentes da Noite". Isso gerou 70 anos de perseguição aos gays. Entre 1432 e 1502, mais de 17 mil foram incriminados e 3 mil condenados por sodomia. 

     Leis duras foram estabelecidas em vários outros países europeus. 

     Na Inglaterra, o século 19 começou com o enforcamento de vários cidadãos acusados de sodomia. E entre 1800 e 1834, cerca de 100 homens foram mortos. Apenas em 1861 o país aboliu a pena de morte para os atos de sodomia, substituindo por uma pena de 10 anos de trabalhos forçados (o que continuava sendo um absurdo).

     Já ouviram falar num tramento chamado Lobotomia? Foi um tratamento desenvolvido pelo médico português Antóno Egas, que chegou a ganhar o prêmio Nobel em 1949 por isso. O tratamento consistia em uma técnica cirúrgica que cortava um pedaço do cérebro dos doentes psiquiátricos, mais precisamente nervos do córtex pré-frontal. Na Suécia 3 mil gays passaram por essa cirurgia. Na Dinamarca a última cirurgia foi em 1981. O tratamento médico era empregado porque a homossexualidade passou a ser vista como uma doença, um defeito genético. 

     A situação só começou a mudar no fim do século passado, quando a discussão passou a SE LIBERTAR DE ESTIGMAS. Em 1979 a Associação Americana de Psiquiatria finalmente tirou a homossexualidade de sua lista oficial de doenças mentais. 

     Nos anos 80 a aids teve um resultado ambíguo para os homossexuais. Embora tenha ressuscitado o preconceito, já que a doença foi associada aos gays, também fez com que muitos deles viessem à tona, sem medo de mostrar a cara, para reivindicar seus direitos.

Enfim nos anos 90, a maioria dos países desenvolvidos descriminalizou a homossexualidade e proibiu a discriminação contra gays e lésbicas.

     Não há dúvidas de que sempre teve mais héteros do que gays no mundo. No entanto sempre ficou claro que a homossexualidade é uma característica da espécie humana. Para muitos, nos dias atuais, sair do armário continua sendo uma questão de tempo. As "portas" no entanto vêm sendo abertas desde a Antiguidade. Alexandre, César, Sócrates, Leonardo da Vinci e outros sabiam como era bom apalpar outra rola sem ser a sua ou beijar com força a boca de outro macho.  

     Na época do orkut quando eu tive meu primeiro contato com redes sociais eu tinha uma comunidade com algumas milhares de pessoas chamada "Meu Diário" onde relatava minhas fodas e minhas angústias. Naquela época eu vivia no armário, namorava mulher, queria casar enganando-a e a traindo com centenas de homens(nojo de mim), me achava superior aos demais gays por viver no armário, me achava superior "por ser fora do meio". Grande bosta, grande cretino limitado e covarde eu era. Tive tretas pesadas com militantes gays e sempre os critiquei e mandava eles se preocuparem com coisas mais importante. Eu era um otário. Graças a Deus que evolui como ser humano.      

     Meu respeito, minha admiração, meu carinho, minhas desculpas por minha omissão, minha gratidão a TODOS OS GAYS MILITANTES que deram a cara a tapa, que enfrentaram pais, família, sociedade homofóbica para apenas serem respeitados, nada mais que isso. Respeito quem vive no armário, mas sair do armário é ser inspiração pra quem vive de mentira. Eu me inspirei e me inspiro em muitos gays que saíram do armário e são fodas. Tive coragem de parar de viver em uma mentira graças a eles, pois vi que pode ser gay e pai, gay e família, gay e respeitoso, gay e leal, gay e não ser promiscuo, gay e ter um relacionamento decente leal e duradouro. Vou tentar no próximo post falar sobre algumas pessoas que me inspiraram, e se elas me inspiraram elas precisaram sair do armário, dar a tapa a cara, vencer o preconceito. 

Crítica: seriado A Sete Palmos

     Acabei de assistir a série A Sete Palmos (Six Feet Under). Série lançada em 2001, três meses antes do atentado do 11 de Setembro. 

     Não lembro em que ano comecei a assistir, mas lembro até hoje o Marcos enchendo meu saco pra eu assistir a série, ele dizia pra eu assistir pois tinha um personagem lá que era muito parecido comigo na época: policial, negro, gay e encucado. Relutei pra assistir pois eu só curtia série de super heróis, mas ele me emprestou o box da Primeira Temporada e falou pra eu dar uma chance pra série.

     Assisti a primeira temporada e achei muito foda!!! No meio da Segunda Temporada o Marcos morreu (isso em 2014) e achei a Segunda Temporada tão foda quanto a primeira, mas veio carregada de mais emoção, pois a série retrata a morte, meu melhor amigo havia me apresentado a série, a gente sempre conversava sobre a série e do dia pra noite perdi meu amigo, a pessoa que eu mais confiava nessa vida, que já me salvou de várias enrascadas que eu me envolvi quando tava no ápice do vício (preciso fazer mais um post sobre ele).

     Sem mais delongas, vamos à crítica:

     A série foi ao ar entre 2001 e 2005, tendo no total 5 temporadas. A série se passa em uma funerária que está localizada no porão da casa da família Fisher (onde eles fazem a autopsia, limpeza, maquiagem e velório dos mortos que passam por lá). Um ponto forte da série é o início dos episódios, que começa com a morte repentina de algum desconhecido, foram 5 anos com todos os tipos de morte que você possa imaginar envolvendo crianças, velhos, adultos. E após a morte aparecia o nome completo da pessoa seguido da data de nascimento e data da morte.

     O ponto forte da série eram os personagens, todos interpretados por excelente atores/atrizes e com uma carga de personalidade muito forte.

     Nathanael Fisher foi a primeira morte da série. Era o pai de família e dono da funerária. Marido autoritário, pai exigente para os homens e carinhoso para as meninas
(CONTINUA)